Descrição
A Jaguar XJ6 Sovereign Série 3 de 1985 inscreve-se na última evolução de uma linhagem icónica que nasceu em 1968. Originalmente, a gama XJ representa o projeto pessoal de Sir William Lyons, que procurava criar uma berlina capaz de unir luxo, silêncio e comportamento em estrada. Após a Série 1 em 1968 e a Série 2 em 1973, a Jaguar apresenta a Série 3 em 1979, desenvolvida com a colaboração da carrocista italiana Pininfarina. Essa colaboração traduz-se num estilo modernizado: linha de teto mais alta, superfícies envidraçadas ampliadas, pára-choques integrados e uma silhueta que mantém a elegância britânica ao passo que adota um toque mais contemporâneo típico dos anos 80.
Em 1985, a XJ6 Sovereign é um dos modelos mais luxuosos da gama. Distingue-se por um interior particularmente cuidado, com couro abundante, madeiras envernizadas e uma apresentação requintada. Debaixo do capô, faz a última evolução do motor XK, um seis-em-linha mítico concebido no final dos anos 1940, mas aperfeiçoado ao longo das décadas. Nesta fase final da Série 3, atinge uma grande maturidade: suave, cúmplice, silencioso e muito bem adaptado à filosofia soberana do automóvel. A Jaguar passa então por um importante virar de página: tornando-se novamente independente após a separação da British Leyland em 1984, a marca busca elevar a qualidade e a imagem. Os modelos de 1985 beneficiam, portanto, de uma atenção acrescida na montagem e nos acabamentos, o que faz da Sovereign um dos grandes expoentes da elegância clássica britânica.
A produção da Série 3 terminará em 1987 para os seis-cilindros, abrindo espaço para a XJ40 mais moderna, mas desprovida do charme retro que a Série 3 ainda encarnava plenamente. Com o tempo, a XJ6 Sovereign de 1985 surge como uma das últimas grandes Jaguars de estilo tradicional, combinando linhas certeiras e intemporais, mecânica lendária e uma atmosfera serena única.
Em termos de características técnicas, a versão europeia de 1985 é movida por um seis-em-linha 4, 2 litros com injecção electrónica Bosch L-Jetronic (sob licença Lucas), desenvolvendo cerca de 205 cavalos a cerca de 5. 000 rpm, com um binário próximo de 325 Nm. A velocidade máxima atinge cerca de 200 km/ h e o 0-100 km/ h realiza-se em cerca de dez segundos. A maioria dos modelos vem equipada com caixa automática Borg-Warner ou ZF conforme as últimas séries, embora a caixa manual com overdrive permaneça teoricamente disponível. O consumo, fiel à arquitetura clássica do motor XK, oscila entre 13 e 18 litros por 100 km, dependendo do estilo de condução.
Este exemplar foi entregue novo na Bélgica a 5 de agosto de 1985. Tem efetuado desde 116. 000 km, o último proprietário tendo feito os 15. 000 últimos quilómetros desde 2004.
O automóvel tem sempre sido bem acompanhado e mantido. Nos últimos anos:
2017 – 112. 000 km: nova linha de escape em inox, novos pneus, novo teto/ forro de teto
2020 – 115. 000 km: revisão completa dos freios
2025 – 116. 000 km: manutenção completa
O automóvel funciona muito bem, a caixa de velocidades engrena as marchas de forma suave. O seu quilometragem de 116. 000 km parece coerente com a documentação e o estado do veículo.










